Ídolo do Grêmio, o ex-jogador Mário Jardel foi cassado pelo mandato que ocupava como deputado estadual. O ex-atleta concedeu entrevista ao Globo Esporte para falar sobre a causa das irregularidades que culminaram na saída do cargo. Ele destaca que a falta de experiência na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul teve interferência para resultar nos ocorridos.
O Ministério Público destaca que Jardel exigia parte dos salários de servidores do gabinete, além de falsificar diárias e relatórios de indenização veicular para desviar recursos públicos. Desta forma, praticamente todas as verbas disponíveis foram apropriadas ou desviadas.
O ex-atleta disse que não tinha noção sobre os acontecimentos no gabinete. “Fui mal orientado, por culpa minha. Inexperiência. O que eu fiz de errado eu vou assumir, o que eu não fiz não vou assumir”, salientou o ex-deputado estadual que é identificado com o Grêmio.
Jardel ainda foi acusado de contratar funcionários fantasmas e comprar drogas com dinheiro do gabinete. Ele reconhece que usava drogas no período em que atuava na Assembleia e afirma que a questão atrapalhou, porém disse que não sabia das irregularidades que eram cometidas.
“Eram coisas surreais, eu não estava vendo. Eu não acreditava que eu estava sendo acusado, e o meu refúgio era a droga. Quero aproveitar essa oportunidade, ao povo gaúcho, todos os eleitores que tiveram a confiança no Jardel, e pedir desculpas pela minha inexperiência”, disse o ex-jogador.
Ídolo do Grêmio foi cassado e a explicação foi dada por promotor
O promotor Flávio Duarte, que atuava no processo que tramitava na 9ª Vara Federal de Porto Alegre, acredita que Jardel “tinha total e plena ciência, e às vezes gerência, daquilo que estava sendo cometido”. O ex-jogador e outros 10 réus foram ouvidos durante o processo. O gremista, por sua vez, ressalta que não teve qualquer tipo de participação nos acontecimentos.
